
Sinopse
A batalha chega ao ápice no quarto volume de Star Wars A Alta República – Temor dos Jedi, quando os Jedi são forçados a confrontar não apenas um inimigo externo, mas seus próprios medos mais profundos. Em meio a um campo de batalha distorcido por ilusões, Keeve Trennis e sua equipe enfrentam horrores que parecem saídos de pesadelos — mas o que é real? Em um clima de paranoia e colapso psíquico, a verdadeira ameaça espreita disfarçada, questionando o que significa realmente temer a Força.
Personagens Principais e Seus Dilemas
- Keeve Trennis: A protagonista se destaca pela vulnerabilidade diante do medo. Mesmo aterrorizada, ela continua a usar a Força — um detalhe crucial que denuncia a ilusão criada pela antagonista H’tar. Seu dilema gira em torno de aceitar o medo sem ser dominada por ele.
- Tey Sirrek: Um Jedi com um passado sombrio ligado à Mão, que enfrenta uma alucinação de alguém que amou e perdeu. Sua narrativa interna sobre culpa, luto e redenção adiciona uma camada emocional pungente à história.
- Lourna Dee: Mais pragmática, mas profundamente envolvida nos acontecimentos, ela representa a resistência racional diante de um cenário dominado por forças ilusórias.
- Cibaba e Velko: Membros do suporte técnico que participam da contenção do campo de energia, mas que também enfrentam o terror invisível criado por H’tar.
- H’tar – A Filha da Tempestade: A responsável por manipular a mente dos Jedi. Sua figura como amplificadora dos medos internos dos personagens evoca uma crítica ao poder mal direcionado e ao trauma como arma.
Pontos Altos
✅ Terror Psicológico Espacial: A HQ mergulha no horror cósmico ao estilo Lovecraft, utilizando o medo como uma arma sensorial, não física. Ver os Jedi duvidarem de seus próprios sentidos é uma jogada ousada e eficaz.
✅ Desconstrução do Heroísmo Jedi: Ao invés de um duelo com sabres, temos um confronto interno. O medo não é só uma emoção — é o verdadeiro vilão. Isso humaniza os Jedi, que muitas vezes são retratados como infalíveis.
✅ Arte e Atmosfera: Andrea Broccardo captura com precisão a opressão e o desespero em cada página. Cores sombrias, distorções visuais e a composição das alucinações são destaques visuais importantes.
Pontos Baixos
❌ Excesso de Personagens em Pouco Espaço: Com muitos personagens secundários envolvidos em momentos cruciais, falta tempo para explorar mais profundamente cada um deles.
❌ Reviravolta do “não é real”: Apesar de coerente dentro do universo da Alta República, a explicação das ilusões pode soar como uma solução rápida para leitores que esperavam um confronto mais direto com os Inomináveis.