
Por Portal TdW
O universo Star Wars está prestes a viver mais uma fase de expansão, e desta vez, a força que o impulsiona não é apenas espiritual ou simbólica, mas industrial e criativa. Após um período de incertezas e projetos engavetados, a Lucasfilm voltou a acelerar sua linha de produções e agora, às vésperas de uma nova leva de lançamentos, a galáxia está novamente em efervescência. Filmes, séries, animações e eventos especiais são apenas a superfície de uma nova estrutura narrativa que está sendo costurada nos bastidores.
Neste especial do Portal TdW, analisamos todos os projetos confirmados, especulados e em desenvolvimento no universo Star Wars para os próximos anos. Reunimos informações de bastidores, revelações recentes e entrevistas com produtores para mapear essa frota criativa que promete reconfigurar a mitologia da franquia.

The Mandalorian & Grogu: Do Episódio para a Telona
Previsto para estrear em maio de 2026, o primeiro longa-metragem de Star Wars desde 2019 será estrelado por Pedro Pascal no papel de Din Djarin, e trará seu fiel companheiro Grogu, agora plenamente integrado ao universo mandaloriano. Com direção de Jon Favreau e roteiro em parceria com Dave Filoni, o filme promete transpor a linguagem televisiva de The Mandalorian para uma escala cinematográfica.
As primeiras imagens de bastidores revelam um visual mais denso, com cenários que misturam as paisagens desérticas de Nevarro com novos mundos da Orla Exterior. A presença de Sigourney Weaver, escalada como uma comandante da Nova República, indica que a narrativa abordará diretamente os conflitos de poder que precedem o surgimento da Primeira Ordem.
Com previsão de conectar tramas paralelas de Ahsoka, Skeleton Crew e outros projetos ainda não revelados, The Mandalorian & Grogu tem o potencial de servir como catalisador para o clímax da Era da Nova República. Trata-se de um filme que, apesar de protagonizado por personagens já consagrados, promete redefinir a estrutura narrativa da franquia.

Starfighter: Velocidade, Estrelas e Renascimento
Dirigido por Shawn Levy e protagonizado por Ryan Gosling, Starfighter chega aos cinemas em maio de 2027 e representa um respiro narrativo dentro do cânone. A trama será ambientada cinco anos após os eventos de A Ascensão Skywalker e explorará o mundo dos pilotos da Nova República em missões desesperadas contra remanescentes imperiais.
Fontes indicam que o filme manterá o tom acelerado e dramático de clássicos da aviação galáctica como Rogue Squadron, mas com ênfase no conflito psicológico dos pilotos e em dilemas éticos. Gosling interpretará um as da frota com passado misterioso e traumas de guerra, em um arco que remete ao de Poe Dameron, mas com camadas mais introspectivas.
A presença de uma nova geração de soldados, mecânicos e até droides táticos abrirá espaço para expansão de subtramas. O objetivo de Starfighter é resgatar o fascínio pelo combate aéreo em Star Wars, mas com a sofisticação dramática que marcou as produções recentes de Levy.

O Filme da Rey: Reconstrução e Esperança
Em desenvolvimento sob direção de Sharmeen Obaid-Chinoy, o aguardado filme centrado em Rey Skywalker será ambientado 15 anos após os eventos de A Ascensão Skywalker. Daisy Ridley retorna ao papel, agora como uma mestra Jedi empenhada em reerguer a Ordem a partir de suas cinzas. Mais do que uma continuação direta, o longa se propõe a iniciar uma nova fase espiritual para a saga.
Com roteiro inicialmente desenvolvido por Damon Lindelof e, posteriormente, retrabalhado por Steven Knight, o projeto pretende explorar as consequências psicológicas do legado Jedi. Rey enfrenta não apenas a reconstrução institucional da Ordem, mas também o peso simbólico de ser herdeira de duas linhagens antagônicas: Skywalker e Palpatine.
Fontes indicam que o novo Templo Jedi não será um centro de treinamento tradicional, mas um espaço de redescoberta, onde padawans são recrutados entre crianças sensíveis à Força em planetas remotos. O conceito de “nova Ordem” se afasta do dogma dos preceitos antigos e tenta corrigir erros do passado, trazendo abordagens de equilíbrio e pluralidade espiritual.
Especula-se que veremos conflitos internos, resistência política da Nova República e até mesmo a sombra de antigas doutrinas Sith tentando se infiltrar nos novos ensinamentos. O projeto é descrito como “intimista e provocativo”, e promete reposicionar Rey como uma líder mais complexa e vulnerável.
É bem provável que a Nova Ordem Jedi não será realmente cancelada. A esta altura, isso seria uma grande reformulação para Star Wars, e o filme continua sendo mencionado, apesar de serem mínimas. Vale ressaltar também que não é exato dizer que foi adiado, mesmo considerando o cronograma de Starfighter, já que a Nova Ordem Jedi nunca teve uma data de lançamento confirmada. Assim sendo, o seu futuro é incerto.
Dawn of the Jedi: Mito, Origem e Cosmos
Nas mãos de James Mangold, Dawn of the Jedi é um dos projetos mais ousados já concebidos no universo Star Wars. Ambientado cerca de 25 mil anos antes da saga Skywalker, o filme explorará a origem da Força e o surgimento dos primeiros sensitivos — ainda sem saberem que eram Jedi.
A proposta, segundo o próprio Mangold, é construir uma espécie de “épico bíblico sci-fi”, onde veremos não apenas a primeira conexão com a Força, mas também os conflitos filosóficos e culturais que levaram à sua divisão entre luz e trevas. Com locações exóticas e narrativa em escala quase cósmica, o longa promete reinventar completamente a linguagem mitológica da franquia.
O projeto conta com consultores em antropologia, religião comparada e astronomia para compor um universo coeso e crível. A ideia é que a Força não seja vista apenas como poder espiritual, mas como fenômeno natural, sujeito a interpretações e disputas.
Mangold já declarou que Dawn of the Jedi será mais simbólico do que linear, e que não terá personagens “heróis ou vilões clássicos”, mas indivíduos em descoberta. Isso indica uma abordagem mais densa e filosófica, provavelmente mais próxima de obras como 2001 – Uma Odisseia no Espaço do que da ação tradicional da saga.
As Trilogias Futuras: Kinberg, Johnson e Novas Perspectivas
Entre os projetos de longo prazo, a Lucasfilm mantém em desenvolvimento pelo menos duas trilogias. A primeira é atribuída a Simon Kinberg, que retorna ao universo Star Wars após sua experiência em Star Wars Rebels e como consultor de Rogue One. Essa trilogia, ainda em fase inicial de desenvolvimento, deverá focar no universo pós-sequência, apresentando novos personagens em meio a um cenário galáctico redefinido, com Rey eventualmente fazendo parte desse novo núcleo narrativo.
Informações recentes apontam que os roteiros estão em fase de estruturação temática, com elementos de política interplanetária, exploração de zonas neutras da galáxia e um novo código moral Jedi. A produção está em fase de pré-planejamento, sem cronograma oficial de filmagem.
Paralelamente, Rian Johnson continua vinculado à sua própria trilogia. Após os eventos de Os Últimos Jedi, Johnson havia sido anunciado como líder criativo de uma nova linha narrativa. Desde então, o projeto foi adiado diversas vezes, principalmente por conflitos de agenda com Knives Out e outras produções para a Netflix. Apesar disso, fontes confirmam que a Lucasfilm mantém interesse no projeto, que deve ganhar tração após 2027.
O Filme de Dave Filoni: O Crossover da Nova República
O longa de Dave Filoni será o ápice narrativo das séries The Mandalorian, Ahsoka, Skeleton Crew e possivelmente The Book of Boba Fett. A ideia é construir um grande crossover na linha de um “evento cinematográfico” que unifique as tramas abertas e ofereça um desfecho coeso para o arco da Nova República.
Segundo Filoni, o projeto está em desenvolvimento ativo, com esboço de roteiro finalizado e já aprovado. A previsão, embora ainda sem data oficial, é que as filmagens comecem após a conclusão da segunda temporada de Ahsoka. O filme deverá explorar a ameaça crescente do remanescente imperial liderado por Thrawn, além de consolidar a jornada dos heróis que operam fora da estrutura formal da República.
Filoni descreve o projeto como “uma celebração daquilo que Star Wars é em seu núcleo: jornada, legado e esperança em meio ao caos”. Especula-se que o longa servirá como base para futuras produções da Era da Nova República, consolidando Filoni como o novo “guardião do cânone” da Lucasfilm.

Animações e Séries em Expansão
A frente animada de Star Wars também se encontra em forte desenvolvimento. Entre os títulos confirmados estão Tales of the Empire (continuação de Tales of the Jedi), Visions – Volume 3, a nova antologia Tales of the Underworld, e a aguardada série Maul – Shadow Lord.
Maul – Shadow Lord é uma produção animada focada no período pós-The Clone Wars, com Sam Witwer retornando ao papel de Maul. A série, atualmente em fase de pré-produção, deverá ter forte inspiração visual nos arcos de Mandalore e na estética noir já usada em episódios sombrios da animação anterior. Seu tom será mais adulto e psicológico, prometendo mergulhar na mente de um dos vilões mais complexos da saga.
Enquanto isso, Tales of the Underworld pretende explorar histórias localizadas nas margens da galáxia, com personagens como Hondo Ohnaka, Embo e novos caçadores de recompensa. A produção está em fase de finalização de roteiro, com estreia estimada para o final de 2026.
Visions – Volume 3 mantém o foco em animações estilizadas por estúdios globais, ampliando a estética experimental e a abordagem multicultural da Força e do universo Star Wars. Já se sabe que haverá colaborações com estúdios da América Latina e África, algo inédito até agora.
Conclusão: Uma Nova Galáxia em Construção
A atual frota de produções de Star Wars não representa apenas uma agenda cheia de lançamentos, mas sim uma reconstrução meticulosa da identidade da franquia. A Lucasfilm está apostando em múltiplas frentes narrativas, com foco em diversidade criativa, aprofundamento temático e exploração de novas eras históricas — seja no passado remoto de Dawn of the Jedi, nas consequências das sequências ou na expansão do legado de personagens consagrados.
A volta de George Lucas aos holofotes com o Lucas Museum of Narrative Art, o investimento em novas animações ousadas e a entrada de nomes como Shawn Levy, James Mangold e Sharmeen Obaid-Chinoy mostram que Star Wars está interessado não apenas em entreter, mas em redefinir o que é contar histórias no século XXI.
Com uma combinação de nostalgia, inovação e ambição, a galáxia muito, muito distante continua a se expandir — não só no espaço, mas também na linguagem, no estilo e no espírito. A pergunta agora não é mais se Star Wars voltará aos seus dias de glória, mas como esse novo império criativo moldará o futuro do entretenimento.
E você, leitor do Portal TdW?
- Qual dessas produções você mais espera ver nas telas?
- O futuro da franquia deve mesmo se afastar da linhagem Skywalker?
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