
Por Portal TdW
Introdução
Carrie-Anne Moss é sinônimo de presença. Com uma carreira marcada por personagens fortes, de Trinity em Matrix à advogada Jerry Hogarth em Jessica Jones, a atriz se reinventa mais uma vez em The Acolyte, nova série da galáxia Star Wars. Em uma conversa reveladora com Katee Sackhoff, a Bo-Katan de The Mandalorian, Moss expande o olhar para muito além das telas, explorando temas como espiritualidade, arte, maternidade e vulnerabilidade. Esta matéria se debruça sobre os principais pontos dessa entrevista e traz uma análise aprofundada de sua presença no universo Star Wars.
A construção de uma “mulher forte”
Antes de Trinity, Carrie-Anne Moss não tinha uma identidade cinematográfica consolidada. Seu início na televisão foi marcado por inseguranças técnicas, mas sua evolução foi acelerada por uma descoberta essencial: sua combinação rara de força e vulnerabilidade. “Ela [a treinadora Sandy Marshall] me ajudou a enxergar que isso era minha força natural”, disse.
Essa força multifacetada a guiou por papéis como Trinity e Jerry Hogarth, mulheres decididas, mas cheias de complexidade emocional. Para Moss, a vulnerabilidade é uma virtude dramática: “Ser honesta sobre isso é quase como um superpoder”.
A arte como serviço
Moss se considera uma operária da interpretação. Ela afirma que seu trabalho é servir à escrita, tornar reais as palavras dos roteiristas. “Sou como um encanador. Só funciona quando tudo à minha volta também funciona”. Essa humildade colide com a imagem de diva do cinema que tantos atribuem às estrelas.
A atriz também se mostra preocupada com a ascensão da inteligência artificial na arte. “Ela não tem o componente humano. Isso me assusta profundamente”. Para Moss, contar histórias é um ato de cura, um remédio emocional para tempos incertos.
Da maternidade à vida rural
Ter filhos mudou tudo. Moss conta que aprendeu a deixar o ego de lado, que buscou uma vida mais simples e que usou a rotina como campo de aprendizado espiritual. Sua plataforma “Anaperna Living” nasceu disso: do desejo de compartilhar crescimento autêutico em vez de queixas e exaustão.
A atriz se aprofundou no Kundalini Yoga, estudou a obra de Rudolf Steiner e se tornou uma mulher mais introspectiva e sintonizada com energias sutis. A vida rural, longe do glamour hollywoodiano, foi escolha consciente: “Queria ver estrelas, ter silêncio, estar presente com meus filhos”.
O inesperado como caminho
Para Moss, o sucesso nunca foi meticulosamente planejado. Ela acredita em manifestação, em alinhar intenção com o fluxo da vida. Foi assim que papéis vieram até ela. FUBAR, ao lado de Schwarzenegger, por exemplo, surgiu como presente: “Foi divertido de verdade. E isso é raro nesse meio”.
Ela valoriza sets com boas energias, onde as pessoas ainda amam o que fazem. “É um circo itinerante, mas um circo que vale a pena viver”, diz, sobre o ofício de atuar.
Moss também compartilhou como sua abordagem para escolher projetos mudou com o tempo. Antes, ela buscava reconhecimento ou desafios técnicos. Hoje, a prioridade é a ressonância emocional e o propósito do trabalho. “Preciso sentir que aquilo conversa com quem eu sou agora, não só com a atriz que fui há 10 anos.”
Essa abertura ao inesperado está ligada à sua filosofia espiritual. Moss acredita que o universo responde à clareza de intenção, e que o alinhamento entre propósito e oportunidade cria caminhos únicos. “Eu não corro atrás. Eu escuto, espero, e quando vem, eu sei que é pra mim.”
Ela também comentou sobre a leveza que encontrou em trabalhos recentes. Após anos mergulhada em personagens densos, FUBAR apareceu como um respiro — uma experiência de alegria genuína. “Foi quase terapêutico. Rir no set, brincar, me desconectar do drama. Foi importante.”
Essa leveza, segundo ela, tem valor artístico. “A profundidade pode vir da simplicidade também. Nem toda jornada precisa ser tortuosa para ser verdadeira.”
A atriz disse que passou a ver sua carreira como um caminho orgânico, onde cada papel é uma peça de um mosaico maior. “Cada personagem me ensina algo sobre mim. E eu deixo que isso me transforme.”
Star Wars: a iniciação em The Acolyte
Apesar de não ser uma fã dedicada da franquia antes de The Acolyte, Carrie-Anne Moss abraçou o desafio com a ajuda dos filhos, grandes entusiastas da saga. No set, ela sentiu que aprendia uma nova língua: a linguagem de Star Wars. “Foi desafiador e divertido”, resume.
Sua personagem ainda não foi totalmente revelada, mas rumores indicam que ela interpretará uma Jedi veterana, em confronto com uma nova ameaça na Alta República. O trailer mostrou sua personagem envolta em uma coreografia impressionante, em um duelo direto com a protagonista interpretada por Amandla Stenberg.
Moss descreveu a experiência em The Acolyte como algo totalmente novo e exigente, mesmo para uma atriz experiente. As coreografias de luta foram um dos pontos que mais a desafiaram fisicamente, exigindo semanas de preparação intensa, algo que ela comparou à sua experiência com os Wachowski em Matrix. “Há algo muito técnico, mas também profundamente intuitivo no modo como os Jedi se movimentam”, ela comentou nos bastidores.
Ela também se emocionou com a dedicação dos fãs, especialmente nos momentos em que gravava cenas com figurinos e sabres de luz. “A energia no set era diferente. Era como se estivéssemos todos entrando em uma dimensão mítica.” Moss revelou que as gravações noturnas em cenários naturais amplificaram sua sensação de imersão no universo Star Wars. “Você olha para o céu real, com estrelas, e está segurando um sabre de luz. Como não sentir que está em algo maior?”
Além disso, a atriz elogiou a equipe criativa da série, afirmando que Leslye Headland, a showrunner, trouxe uma abordagem profunda e existencial à narrativa. “Ela não quer só contar uma história de Jedi. Ela quer entender o que significa ser Jedi, viver no limiar da luz e da sombra.” Para Moss, esse foco filosófico é o que tornou o trabalho tão atrativo.
Ela também mencionou que The Acolyte trouxe à tona reflexões pessoais sobre espiritualidade e propósito, temas que ecoam em sua própria jornada de vida. O conceito de equilíbrio entre luz e trevas, central na mitologia Jedi, encontrou ressonância com suas práticas de meditação e sua visão sobre crescimento interior. “Às vezes, o caminho do herói é ficar parado, em silêncio, sentindo”, ela disse, sorrindo, ao comentar sobre os paralelos entre sua personagem e suas crenças pessoais.
Conclusão
Carrie-Anne Moss traz para Star Wars algo que a franquia sempre valorizou: a força interna. Sua jornada, cheia de nuances espirituais, disciplina, abertura ao inesperado e compromisso com a arte, se encaixa perfeitamente em uma galáxia que sempre foi mais do que espaçonaves e sabres de luz.
The Acolyte promete ser um novo começo para Star Wars e, ao que tudo indica, também para Moss. Uma atriz que, mais do que se reinventar, segue profundamente conectada às forças invisíveis que movem os grandes mitos.
E você? O que achou da participação de Carrie-Anne Moss em The Acolyte? Acredita que ela trará um novo olhar para a Ordem Jedi? Está animado para ver como sua personagem vai se conectar com os mistérios da Alta República?
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