
🌌 Sinopse
Chegamos ao fim da jornada. A edição #5 da HQ Star Wars: A Ascensão Skywalker – Adaptação conclui a versão em quadrinhos do último capítulo da saga Skywalker, condensando o confronto derradeiro entre a Resistência e as forças do ressuscitado Imperador Palpatine. Enquanto Rey confronta seu destino em Exegol e Ben Solo busca redenção através do sacrifício, o restante da galáxia se une para uma última tentativa de impedir a ascensão do Império Final.
Repleta de ação, emoção e um senso de urgência que quase salta das páginas, esta edição final busca dar peso e significado ao clímax de uma saga de mais de quarenta anos — e, surpreendentemente, o faz com mais elegância do que o próprio filme.
✨ Personagens Principais e Seus Dilemas
- Rey: Nesta edição, a jornada de Rey alcança seu ponto culminante. Perseguida pelo legado de Palpatine, ela finalmente escolhe ser aquilo que deseja ser: uma Jedi. Seu dilema entre sangue e escolha encontra resolução na recusa do trono Sith e no sacrifício pessoal. A HQ traduz esse momento com um uso elegante da arte e dos diálogos, que evitam o didatismo e permitem à imagem dizer mais que mil palavras.
- Ben Solo: Em sua mais breve, porém impactante aparição, Ben é pura redenção. A HQ lhe dá humanidade e presença, com expressões que falam da dor, da esperança e, finalmente, da paz. Sua união com Rey na Força e o beijo final são retratados com um lirismo que faltou ao filme.
- Palpatine: Apesar de ser o grande antagonista, o personagem continua mais como um símbolo do mal absoluto do que um vilão complexo. Ainda assim, a adaptação melhora sua representação ao intensificar a atmosfera de horror em Exegol e seus poderes quase demoníacos.
- Poe Dameron e Finn: Servem como os pilares da esperança na linha de frente. Poe assume de vez seu papel de líder e carrega o peso da ausência de Leia. Finn, cada vez mais sensível à Força, age com coragem e intuição, aproximando-se do legado Jedi de forma sutil, mas perceptível.
- Lando Calrissian: Surge como símbolo da velha guarda, mas também como líder inspirador, unindo as forças da galáxia para a batalha final. Sua presença é breve, mas emocionalmente eficaz.
📌 Pontos Altos
- Arte e atmosfera de Exegol: A ambientação do confronto final é um espetáculo à parte. A escuridão opressiva, os relâmpagos da Força, os tronos e a multidão Sith silenciosa são visualmente impactantes.
- Clareza narrativa: A HQ acerta onde o filme tropeçou. Sequências antes confusas, como a morte de Ben e a ascensão de Rey, ganham mais tempo e clareza. O ritmo é bem dosado e permite ao leitor respirar mesmo no meio da batalha.
- Emoção não forçada: A despedida de Leia, o retorno de Ben, o beijo final, e a autoafirmação de Rey como “Skywalker” são abordados com mais delicadeza e menos pressa. Isso faz com que o peso emocional dessas cenas realmente funcione.
- A Força como elo coletivo: A HQ reforça a noção de que a Força não é exclusiva dos Jedi, mas um campo vivo acessível a todos — um conceito que ecoa bem em Finn e nos civis que atendem ao chamado de Lando.
⚠️ Pontos Baixos
- Palpatine ainda é um problema: Apesar da melhora na ambientação e nos diálogos, o personagem continua sendo um vilão de opereta. Não há motivação real além do “dominar tudo”, e sua volta continua pouco justificada dentro do cânone.
- Ritmo apressado no epílogo: As páginas finais, incluindo a ida de Rey a Tatooine, são condensadas demais. A cena do sabre de luz enterrado e a adoção do nome Skywalker pediam mais espaço e contemplação. Faltou respiro poético.
🗨️ Repercussão no Fandom
A recepção à HQ tem sido curiosamente mais positiva que ao próprio filme. Muitos leitores elogiam a forma como a adaptação consegue “consertar” ou aprofundar cenas que pareceram rasas ou confusas na telona. Especialmente o arco de Ben Solo ganhou uma carga emocional mais forte e coerente, o que vem sendo apontado como “o verdadeiro ponto de redenção da história” nas comunidades de fãs.
Nas redes, o destaque também foi a representação gráfica de Exegol, considerada por muitos como “melhor que a direção de arte do filme”. A HQ foi amplamente compartilhada entre fãs da Trilogia Sequel como uma forma de reavaliar o final da saga com olhos menos críticos.
🔍 Outros Temas Abordados
- Identidade e legado: A série fecha a reflexão sobre ser versus parecer. Rey nega o nome Palpatine, não como fuga, mas como afirmação do que escolheu ser.
- Redenção verdadeira exige sacrifício: Ben Solo não é apenas perdoado — ele paga o preço. E o faz sem palavras, com gestos.
- Esperança como resistência coletiva: A vitória final não vem de um “escolhido”, mas da união de pessoas comuns contra o medo.
⭐ Veredito Final
A edição #5 da HQ A Ascensão Skywalker entrega aquilo que o filme prometeu, mas não conseguiu cumprir plenamente: uma conclusão emocional, coerente e visualmente arrebatadora para a saga Skywalker. Com escolhas estéticas acertadas, diálogos mais eficientes e uma cadência narrativa superior, esta HQ se posiciona como a forma definitiva de vivenciar o encerramento da história — especialmente para os fãs que se decepcionaram com a tela grande.
Ela não resolve todos os problemas estruturais da história original, mas dá o melhor tratamento possível ao material-base. No fim, o que temos é uma versão que honra o legado de Leia, de Ben, de Luke e dos Jedi — e, talvez mais importante, que mostra que a Força pode ser herdada… mas também conquistada.
Nota final: ★★★★☆ (4.5/5 estrelas)
Se você ainda não leu a adaptação — leia. Mesmo que conheça o filme de cor. Principalmente se conhece o filme de cor.